A capital do Acre, Rio Branco, enfrenta uma seca antecipada desde o final de maio e teve a situação de emergência reconhecida pelo governo federal. A portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, publicada no Diário Oficial da União, permite que a prefeitura solicite recursos para reforçar ações da defesa civil municipal, como a compra de cestas básicas, água mineral e kits de limpeza e higiene.
O Rio Acre, principal fonte de abastecimento de Rio Branco, está no menor nível registrado em cinco anos, medindo 1,55 metro, apenas 30 centímetros acima da menor cota histórica de 1,25 metro, registrada em outubro de 2022. Toda a bacia do Rio Acre está em alerta máximo para seca devido à falta de chuvas.
Além de Rio Branco, outras seis cidades do Acre, incluindo Feijó, Epitaciolândia, Bujari, Porto Walter, Cruzeiro do Sul e Plácido de Castro, também decretaram situação de emergência por causa da estiagem. Em Cruzeiro do Sul, o nível do Rio Juruá está em 4 metros e 87 centímetros, enquanto em Plácido de Castro, o Rio Acre está com 2 metros e 21 centímetros. Em Feijó, o Rio Envira tem causado problemas de navegação e abastecimento de alimentos.
Em Porto Walter, onde não há leitura do nível do rio, os moradores relatam dificuldades devido ao baixo nível do manancial, e o acesso à cidade só é possível por aviões de pequeno porte ou embarcações, que têm enfrentado longos tempos de viagem. A seca tem causado a chegada de alimentos estragados à cidade.
No Bujari, as comunidades começaram a receber água potável porque os poços artesianos e igarapés secaram. Em Epitaciolândia, a falta de água afeta 18 mil moradores e órgãos públicos, conforme relatado pelo prefeito do município, Sérgio Lopes.
Fonte: Agência de Notícias do Acre