A carta do governo dos Estados Unidos escancarou ao mundo o que muitos brasileiros já denunciavam há anos: o Supremo Tribunal Federal, sob a caneta implacável de Alexandre de Moraes, vem promovendo censura, atropelando liberdades e desrespeitando garantias constitucionais.
Por Ricardo Frota, jornalista e advogado
A recente comunicação oficial do governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, não é apenas um gesto diplomático — é um grito de alerta. Os americanos, historicamente defensores da liberdade de expressão, estão preocupados com o rumo que o Judiciário brasileiro tomou ao censurar redes sociais, intimidar plataformas e silenciar vozes dissonantes.
Sob o pretexto de “combate à desinformação”, decisões monocráticas passaram a definir, de forma subjetiva e sem contraditório, o que pode ou não ser dito no Brasil. Não há transparência, não há limites, não há prestação de contas. A consequência? O país vive hoje um estado de vigilância digital comandado por um único ministro.
Enquanto isso, empresas globais como X (Twitter), Google e Telegram são pressionadas, ameaçadas com multas ou banimento, e obrigadas a entregar dados e remover conteúdos sem decisões transitadas em julgado. Isso não é democracia. Isso é abuso de poder.
A reação dos EUA — país que abriga as sedes dessas plataformas e é referência histórica de liberdade individual — demonstra que o autoritarismo togado de Moraes ultrapassou fronteiras. O mundo está assistindo ao Brasil abandonar pilares essenciais do Estado de Direito.
E o mais grave: com o aval do governo do PT, que se beneficia diretamente do silenciamento de opositores e da velha imprensa, cada vez mais subserviente.
É hora de perguntar: quem vigia o vigia? Quando a democracia se transforma em ditadura de toga, cabe ao povo reagir. E cabe à comunidade internacional, como fizeram os Estados Unidos, colocar luz onde os tribunais brasileiros colocaram sombras.
Que fique registrado: a liberdade está sob ataque — e os inimigos da democracia agora usam togas.
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Ricardo Frota
Jornalista e advogado