A ponte sobre o rio Candeias, situada no km 694 da BR-364, entre Candeias do Jamari e Porto Velho, enfrenta uma crise estrutural alarmante. Inaugurada em 2009, a estrutura apresenta fissuras e deformações significativas, conforme apontado por um laudo técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (CREA-RO). O relatório, solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF), destaca que as anomalias são agravadas pelo tráfego intenso de veículos pesados e pela ausência de manutenção preventiva, colocando a ponte em risco iminente de colapso.
O projeto original da ponte baseou-se na norma ABNT NBR 7188 de 1984, que não contemplava as exigências dos veículos pesados atuais. As atualizações normativas de 2013 e 2024 não foram incorporadas nas manutenções subsequentes, contribuindo para o agravamento da situação.
Em resposta, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) implementou medidas emergenciais, incluindo a interdição parcial da ponte e a adoção do sistema “pare e siga” para controlar o tráfego. Além disso, está prevista a execução de ensaios técnicos avançados, como ultrassons e scanners estruturais, para avaliar a resistência dos materiais e identificar falhas internas.
Impactos Econômicos e Sociais
A interdição da ponte tem causado transtornos significativos para a população local e para a economia regional. O tráfego restrito resultou em congestionamentos frequentes, afetando o transporte público, o abastecimento de mercadorias e o deslocamento de trabalhadores. Comerciantes relatam queda nas vendas, e produtores rurais enfrentam dificuldades na distribuição de seus produtos.
Moradores da região realizaram protestos, fechando o trecho da via em reivindicação por soluções imediatas. A situação evidencia a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e manutenção preventiva para garantir a segurança e a continuidade das atividades econômicas na região.
A crise na ponte sobre o rio Candeias é um alerta para a importância da manutenção adequada das infraestruturas viárias. A negligência pode resultar em riscos à vida humana e prejuízos econômicos significativos. É imperativo que as autoridades competentes atuem com celeridade na implementação de medidas corretivas e preventivas para evitar tragédias e assegurar o desenvolvimento sustentável da região.