A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite foi aberta pela Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). O imunizante já está disponível em todas as unidades de saúde do município. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a pólio é destinada para crianças menores de 5 anos de idade.
Em Porto Velho, 32 mil pessoas estão aptas para tomar o imunizante nesta campanha.
Para se vacinar, os pais ou responsáveis devem levar as crianças para a unidade de saúde mais próxima de sua residência, tendo em mãos o cartão do SUS ou CPF.
Durante a abertura, na última segunda-feira (27), na Unidade de Saúde da Família Renato Medeiros, Jéssica Oliveira, mãe do Brian Gustavo, de 2 anos, foi uma das mamães que levou o filho para se imunizar. “Eu acho muito importante essa vacinação, tendo em vista que a pólio é uma doença grave, por isso eu já trouxe meu filho para se vacinar e recomendo a todas as mamães que vacinem seus filhos”.
A campanha segue o calendário nacional do Ministério da Saúde e ficará disponível até o dia 14 de junho de 2024, em Porto Velho. Segundo a coordenadora da Divisão de Imunização da Semusa, Elizeth Gomes, a oferta do imunizante em todas as unidades faz parte dos esforços contínuos da pasta em proporcionar a vacinação para a comunidade.
“As vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde do município, assim como todas as outras do Calendário Nacional de Imunização. Nesta campanha da pólio, nós precisamos resgatar os indicadores recomendados pelo Ministério da Saúde, então precisamos que os pais levem seus filhos para se vacinar”, disse Elizeth.
Dados da Divisão da Imunização da Semusa, apontam que, em 2023, Porto Velho registrou 86% de cobertura vacinal contra a poliomielite, resultado que está abaixo da meta de 95% do Ministério da Saúde.
ESQUEMA VACINAL
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável – VIP (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).
A partir do próximo semestre, essas doses de reforço também passarão a ser aplicadas de forma injetável, fazendo a transição da vacina oral (gotinha – VOP) para a VIP. Durante entrevista, na abertura da Campanha, a secretária-adjunta da Semusa, Marilene Penati, reforçou a necessidade dos pais levarem seus filhos para se imunizarem e garantirem a proteção contra a doença.
“Hoje começamos uma nova campanha contra a poliomielite, considerando que essa vai ser a última vez da vacina contra a pólio em gotinha. Então, pais ou responsáveis, levem seus filhos para se imunizarem. A poliomielite é uma doença que mata ou pode deixar sequelas graves nessas crianças, nós precisamos do apoio de vocês”, disse Penati.
POLIOMIELITE
A poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos, através do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e, em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacina é o método preventivo mais eficaz nesse caso.
No Brasil, o último caso da doença foi registrado em 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, em 2023, a federação nacional foi classificada como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC), devido à baixa vacinação.
A doença permanece endêmica em dois países: Afeganistão e Paquistão. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1/01 a 23/04/24 mostram que foram confirmados 13 casos de poliomielite causados pelo poliovírus selvagem (PVS): seis no Afeganistão e sete no Paquistão.
Fonte: SMC