Brasília, 18 de julho de 2025 – Em um movimento diplomático sem precedentes desde a redemocratização brasileira, o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, revogou os vistos de entrada do ministro Alexandre de Moraes, de aliados no Supremo Tribunal Federal (STF), e de seus familiares próximos. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (18) pelo Secretário de Estado americano, Marco Rubio, e provocou uma onda de reações no cenário político e jurídico brasileiro.
Segundo o comunicado oficial, a medida se baseia na legislação migratória norte-americana que permite impedir o ingresso de estrangeiros considerados prejudiciais à política externa dos EUA. “Estamos responsabilizando indivíduos estrangeiros que utilizam o aparato judicial para calar vozes políticas e censurar liberdades fundamentais, inclusive a de cidadãos americanos”, afirmou Rubio em entrevista coletiva em Washington.
🔥 O estopim da crise
A retaliação americana vem após as novas medidas determinadas por Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de comunicação pública, bloqueio de redes sociais e recolhimento noturno. Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão e tem sido acusado por suposta tentativa de golpe de Estado.
O governo Trump considerou tais decisões “arbitrárias e politicamente motivadas”, mencionando que as ações judiciais atingiram inclusive cidadãos com dupla nacionalidade brasileira-americana. “Não toleraremos abusos de autoridade travestidos de legalidade”, disse o Secretário de Estado.
👥 Quem mais foi atingido?
Embora os nomes dos “aliados” de Moraes não tenham sido oficialmente divulgados, fontes diplomáticas mencionam que ao menos quatro ministros do STF e membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estariam na lista de revogação de vistos. Familiares diretos, como cônjuges e filhos, também teriam tido seus documentos invalidados para entrada nos EUA.
A medida é incomum e lança dúvidas sobre o futuro das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, especialmente num momento de acirramento ideológico e fragilidade institucional.
🌐 Reações no Brasil e no exterior
O Itamaraty ainda não se pronunciou oficialmente, mas interlocutores do Palácio do Planalto classificaram o episódio como “grave interferência em assuntos internos”. Já no Congresso, parlamentares da oposição saudaram a medida, enquanto aliados do governo a consideraram uma violação à soberania nacional.
A notícia repercutiu rapidamente nas redes sociais e nos veículos de imprensa internacionais. O jornal britânico The Times destacou a “escalada autoritária judicial no Brasil”, enquanto a CNN americana enfatizou a “linha dura adotada pelo governo Trump contra ministros brasileiros que agem fora dos limites democráticos”.
📌 Análise
O gesto de Washington pode abrir um novo capítulo na relação Brasil-EUA, agora marcada por desconfiança e intervenção simbólica. Ao utilizar o sistema de vistos como instrumento geopolítico, o governo Trump sinaliza que pretende influenciar diretamente o tabuleiro político latino-americano, especialmente diante do crescimento de governos de esquerda na região.
Mais do que uma questão diplomática, a revogação dos vistos se torna agora um símbolo de ruptura entre dois sistemas de poder: o Judiciário brasileiro e o Executivo americano.